Como pai de um aluno da Escola Básica Santo António, em Faro, tenho acompanhado de perto o desempenho da escola nos últimos anos. Em 2019, a escola estava em 2º lugar em Faro, mas este ano caiu para o 6º lugar. Não houve ranking em 2020 e 2021 devido à pandemia. Esta queda no ranking é preocupante e levou-me a investigar mais a fundo.
Recentemente, li um artigo do DN intitulado "Ranking. Escolas com média negativa quase duplicam", que destacou que o número de escolas com média negativa nos exames quase duplicou entre 2021 e 2022. O ministro da Educação, João Costa, sublinhou que os indicadores estatísticos permitem "um retrato mais real e fidedigno do sistema de ensino". O governo anunciou que vai rever o regime sancionatório das escolas privadas por causa da inflação de notas.
Ao analisar as escolas básicas de Faro, notei que:
- Colégio de Nossa Senhora do Alto ficou em 14 com média de 80,12.
- Escola Básica Dr. Joaquim Rocha Peixoto Magalhães ficou em 129 com média 63.30
- Escola Básica D. Afonso III, ficou em 522 com média de 50,08.
- Escola Básica Dr. José de Jesus Neves Júnior ficou em 543 com média de 49,60.
- Escola Básica de Montenegro, ficou em 669 com média de 46,90.
- Escola Básica Santo António, ficou em 880 com média de 43,24.
- Escola Básica Poeta Emiliano da Costa, Estoi ficou em 1141 com média de 33,01.
A Escola Básica Santo António, onde o meu filho estuda, caiu significativamente no ranking. No entanto, a Escola Secundária João de Deus, que é do mesmo agrupamento da Santo António, conseguiu ficar na primeira posição em Faro. Isso mostra que, apesar dos desafios, há potencial para melhoria e sucesso.
Acredito que as greves e faltas por doença podem ter tido um impacto significativo nas médias. As greves podem interromper o ensino regular e afetar a preparação dos alunos para os exames. No entanto, é importante considerar que muitos outros fatores podem influenciar o desempenho de uma escola, incluindo a qualidade do ensino, o envolvimento dos pais, o ambiente de aprendizagem e as características socioeconómicas da comunidade escolar.
Em Faro, existem outras escolas com piores variáveis socioeconómicas e de infraestrutura que têm melhores médias, o que sugere que estes fatores podem desempenhar um papel importante. Como pai, acredito que é crucial que as escolas e as comunidades trabalhem juntas para identificar e abordar os fatores que podem estar a afetar o desempenho dos alunos, assim como, arranjarem outras formas de greve sem interromper a aprendizagem dos alunos. Deveria ser implementado um sistema eficaz de inter-substituição, seja através da utilização de horas não lectivas, da contratação de professores suplentes ou do pagamento de horas extras, para assegurar que a aprendizagem dos alunos não seja comprometida.
Também não posso deixar de verificar a "normalidade" voltou, mas não da "melhor" forma, tendo em conta as discrepâncias que ainda existem nos resultados obtidos nos colégios e nas escolas públicas. Sendo que o privado volta a ocupar primeiros lugares, com Norte do país em destaque.
Não tenho conhecimento que os professores do privado tenham feito greve como fizeram no público...
A ação, como pai, é enviar a seguinte carta aberta à comunidade da escola que deixo aqui.
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