Caros Professores, Diretor do Agrupamento e Representantes do Ministério da Educação,
Escrevo-vos como pai de um aluno da Escola Básica Santo António, em Faro, e como alguém que tem acompanhado de perto o desempenho da escola nos últimos anos. Em 2019, a escola estava em 2º lugar em Faro, mas este ano caiu para o 6º lugar. Esta queda no ranking é preocupante e me levou a investigar mais a fundo.
Recentemente, li um artigo do DN intitulado "Ranking. Escolas com média negativa quase duplicam", que destacou que o número de escolas com média negativa nos exames quase duplicou entre 2021 e 2022. O ministro da Educação, João Costa, sublinhou que os indicadores estatísticos permitem "um retrato mais real e fidedigno do sistema de ensino". O governo anunciou que vai rever o regime sancionatório das escolas privadas por causa da inflação de notas.
Ao analisar as escolas básicas de Faro, notei que a Escola Básica Santo António, onde o meu filho estuda, caiu significativamente no ranking. No entanto, a Escola Secundária João de Deus, que é do mesmo agrupamento da Santo António, conseguiu ficar na primeira posição em Faro. Isso mostra que, apesar dos desafios, há potencial para melhoria e sucesso.
Acredito que as greves e faltas por doença podem ter tido um impacto significativo nas médias. As greves podem interromper o ensino regular e afetar a preparação dos alunos para os exames. No entanto, é importante considerar que muitos outros fatores podem influenciar o desempenho de uma escola, incluindo a qualidade do ensino, o envolvimento dos pais, o ambiente de aprendizagem e as características socioeconómicas da comunidade escolar.
Em Faro, existem outras escolas com piores variáveis socioeconómicas e de infraestrutura que têm melhores médias, o que sugere que estes fatores podem desempenhar um papel importante. Como pai, acredito que é crucial que as escolas e as comunidades trabalhem juntas para identificar e abordar os fatores que podem estar a afetar o desempenho dos alunos, assim como, arranjarem outras formas de greve sem interromper a aprendizagem dos alunos. Deveria ser implementado um sistema eficaz de inter-substituição, seja através da utilização de horas não lectivas, da contratação de professores suplentes ou do pagamento de horas extras, para assegurar que a aprendizagem dos alunos não seja comprometida.
Também não posso deixar de verificar a "normalidade" voltou, mas não da "melhor" forma, tendo em conta as discrepâncias que ainda existem nos resultados obtidos nos colégios e nas escolas públicas. Sendo que o privado volta a ocupar primeiros lugares, com Norte do país em destaque.
Não tenho conhecimento que os professores do privado tenham feito greve como fizeram no publico...
Peço que considerem estas observações e trabalhem para melhorar o desempenho da nossa escola. Acredito que, juntos, podemos fazer a diferença na vida dos nossos filhos e na qualidade da educação que recebem.
Atenciosamente,
Joaquim Azevedo
0 Comentários