No dia 24 de julho de 2023, decidi unir-me aos meus colegas trabalhadores das carreiras de Informática na Administração Pública. Esta decisão não foi tomada de ânimo leve, pois estava ciente de que a adesão poderia não ser suficiente para causar um impacto significativo. No entanto, senti que era importante mostrar a minha solidariedade e expressar a minha insatisfação com a proposta do governo.

De acordo com o comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a proposta do governo iria desmantelar as carreiras de informática, desvalorizando o trabalho dos profissionais, eliminando cargos importantes e cometendo outras "tropelias". Como já mencionei no meu artigo anterior, a situação é insustentável.

No entanto, a progressão na carreira não deve ser uma questão de jogos políticos ou de manobras para contornar o sistema. Recentemente, num grupo de discussão, foi sugerido que uma maneira de progredir mais rapidamente na nova carreira seria concorrer sucessivamente para serviços diferentes e negociar uma posição remuneratória acima da que se detém. No entanto, esta opção não é viável para muitos de nós que vivemos fora de Lisboa ou Porto, ou que valorizamos a nossa independência democrática. Além disso, acredito firmemente que a lei deve ser justa e igual para todos, e que todos devemos ter a oportunidade de progredir com base no mérito e na competência, e não em manobras políticas ou geográficas. A nossa luta é por uma carreira justa e transparente, e devemos continuar a lutar por ela.

Se a situação não mudar, e como já foi expresso por outros colegas, poderá ser mais vantajoso mudar para a carreira geral, evitando assim as preocupações e exigências desta carreira. No entanto, não me sinto derrotado. Acredito que uma união completa de todos os profissionais de informática pode mudar as perspectivas da alteração da carreira. A nossa voz coletiva é poderosa e, juntos, podemos lutar por uma carreira justa e transparente.