A carreira de informática em Portugal está em um ponto crítico. O
Movimento Carreira de Informática, uma organização que representa os profissionais de informática em Portugal, propôs recentemente uma revisão da carreira de informática. Esta proposta, disponível
aqui, traz uma série de mudanças que visam modernizar e adaptar a carreira às necessidades atuais do setor.
No entanto, a legislação atual que rege a carreira de informática, especificamente o Decreto-Lei n.º 97/2001, disponível
aqui, reflete uma era anterior da tecnologia da informação. Embora tenha servido bem ao setor de TI em Portugal durante muitos anos, agora parece desatualizada em relação às rápidas mudanças e avanços no campo da tecnologia da informação.
A proposta de revisão traz várias mudanças significativas que merecem destaque:
Estrutura e Dinâmica das Carreiras: A nova proposta introduz alterações profundas na estrutura e dinâmica das carreiras de informática. Isso inclui ajustes nas áreas e conteúdos funcionais para se alinhar com a realidade tecnológica e organizacional atual.
Sistema de Formação: A proposta visa flexibilizar o sistema de formação, promovendo uma maior convergência entre os requisitos legais, as exigências de valorização técnica e pessoal dos profissionais de informática e as reais necessidades dos serviços.
Ingresso e Acesso nas Carreiras: A proposta busca corrigir a rigidez do sistema de formação associado ao ingresso e acesso nas diferentes carreiras. Isso permitirá às instituições de formação maior flexibilidade na organização dos programas oferecidos e aos profissionais dessas carreiras e respectivos serviços maior liberdade na escolha dos percursos formativos.
Áreas de Formação: A proposta define novas áreas de formação para as carreiras do pessoal de informática da Administração Pública. Isso inclui áreas como administração avançada de sistemas, administração de dados, administração de redes locais, comunicação audiovisual e multimédia, programação de computadores, entre outras.
Cursos para as Carreiras: A proposta também define novos cursos para as carreiras de especialista de informática e técnico de informática. Estes cursos abrangem uma variedade de áreas de formação, cada uma com um número máximo de créditos atribuídos.
Se o governo não levar em consideração essas revisões, corremos o risco de prejudicar não apenas os trabalhadores de TI, mas também o futuro do setor de TI em Portugal.É importante lembrar que um mau serviço é pior do que nenhum serviço. Se o governo não está disposto a fazer as mudanças necessárias para melhorar a carreira de informática, então seria melhor manter o status quo. No entanto, isso seria um desserviço para os profissionais de TI em Portugal e para o setor de TI como um todo.Em conclusão, o governo precisa entender a importância das revisões propostas para a carreira de informática.
Se não estiverem dispostos a fazer as mudanças necessárias, então é preferível manter o Decreto-Lei n.º 97/2001. No entanto, isso seria uma oportunidade perdida para modernizar a carreira de informática e garantir que ela esteja alinhada com as necessidades atuais do setor.
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